segunda-feira, 3 de março de 2008

Quase que se escreve à séria!

Correndo o risco de parecer um Ovo cozido que se leva demasiado a sério e que tem de estar religiosamente 10 minutos em água a ferver para não ficar cru (caso fique menos tempo) ou que fique em papa (caso fique a mais). Mas é que de facto há coisas que dão cabo de mim! E algumas delas são as Favas emproadas que governam a salada russa em que vivemos. Os Hospitais e Centros de Saúde fecham (mas aonde é que eu vou curar as minhas maleitas?), a Educação no nosso país vale menos que lixo (que nem sequer é reciclado!). E com estas coisas ainda querem que andemos todos felizes e contentes!!?!! Não percebo... a sério que não... Mas pior do que isto, são as Favas pseudo-importantes. Ou seja, que se julgam conhecedoras de toda a sabedoria do Universo e arredores e que gostam de fazer Ovos e Queijinhos da Ilha parecerem ignorantes. Mas em verdade vos digo, meu amigos, não substimeis a gema alheia e muito menos o fedor que um queijo delicioso pode conter. Por que se ambos são bons ao paladar, quando estão maus (vá lá... estragados) conseguem ser AINDA melhores. Muitas "boas" favas já sofreram os horrores de pelo menos um deles.
Pelo que se conclui que, em palavras mais ou menos sábias, que, podes ser uma fava muito deliciosa ou até muito detestável, mas é conforme fores cozinhada que os Ovos os Queijos te tratarão!

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Ainda há espanhóis vivos?

O clima português, às vezes, parece o reflexo do temperamento português, ou oito ou oitenta. Ora, tendo em consideração que o ano de 2007 foi dos mais quentes desde há muito, já todos esperávamos um pouco de água (e digo isto eu, que de metereologista não tenho nada, a não ser um sexto sentido não muito apurado pois acabo sempre por estender a roupa no dia em que chove e não nos outros 364 dias de sol!). Não é preciso ser um cientista ou um ser humano de QI acima da média para saber que depois da seca vem chuva e vice-versa, é assim com tudo na vida. O que mais me aborrece é saber que, nem foi assim há tanto tempo, que choveu «à séria» (foi apenas há 10 anos atrás) e que desde então continua tudo na mesma. O português fica sempre à espera que aconteça aos outros e não a ele. Nunca é ele que é multado quando, depois de uma almoçarada farta de vinho e uns digestivos, se lembra de ir conduzir; nunca é ele que morre num desastre automóvel quando não coloca o cinto de segurança(coisa de macho latino); nunca é ele que se afoga quando decide ir para o mar apetitoso do Algarve depois de comer uma farta feijoada ao pé do veículo estacionado mesmo em cima da praia e com a bagageira aberta a servir de refeitório e de poiso para o garrafão de vinho. Nunca é a ele que acontecem as desgraças é sempre ao vizinho do lado... No meio disto pergunto-me como e que ainda há Espanhóis vivos?!

sábado, 29 de dezembro de 2007

A saga dos «mon cherry»

Pois é, mais um Natal já terminou e ainda bem... Ainda bem porque o Natal é das crianças e, sejamos honestos, já não somos assim tão pequeninos e inocentes!
Agora, o protagonista do nosso elaborado filme de vida chama-se «Passagem de Ano», ou, se pretendermos suspreender o público e, quem sabe até participar no festival de Cannes, poderemos chamar-lhe «Réveillon», que é muitíssimo mais fino e encantandor e soa a êxito garantido de bilheteira.
O que mais me chateia na passagem de ano é a espectativa, andamos o ano inteiro à espera que ele termine e comemoramos esse acontecimento com 12 passas de uvas secas numa mão, um copo de champagne (ou melhor, espumante rasca do LILD) na outra mão, em cima de uma cadeira, com o pé esquerdo levantado e a contar as badaladas que variam de acordo com a estação televisiva em que estamos sintonizados. Ora aqui está, que rica figurinha para se começar o novo ano! Mas ninguém critica, ninguém goza, porque há esperança no ar, há promessas individuais e colectivas, apostas novas que se fazem com os amigos, ou seja, ilusões de que tudo muda só porque o relógio bateu as doze badaladas que, supostamente, em relógios portugueses deviam ser vinte e quatro já que não temos am nem pm!
Nao me surpreendem todos este rituais simplistas e até desconcertantes porque o Homem tem sempre que inventar qualquer coisa estúpida para celebrar ocasiões importantes... Que se lixe, estamos vivos, não é assim? Ora bem, dêem-me lá as 12 passas e uma cadeirinha (sim, dispenso o espumante) e que venha 2008 que eu vou enfrentá-lo de frente, de frente como os toiros!! Um dos meus desejos será de o de poder apreciar no Natal do próximo ano a saga dos «mon cherry» tão bem representada pela minha querida avózinha. Quem diria, abre-se um buraquinho no «mon cherry» e voilá, bebe-se como um shot, se se for mesmo guloso come-se a casca, mas isso não e o fundamental... E esta hã!

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

O querido Pai Natal

Gostava de saber quem é que se lembrou de aldrabar as criancinhas de TODO o mundo e dizer-lhes que existe um senhor muito simpático, com longas barbas brancas, gordinho e que se veste de vermenho. E que na madrugada de 24 para 25 de Dezembro desce as chaminés de TODAS as casas a deixar presentes, e dá pelo nome de Pai Natal.
Realmente, quem começou uma mentira deste tamanho só podia estar sobre o efeito de qualquer substância que no nosso País continua a ser ilegal. Mas a culpa não foi desse desgraçado que só queria curtir a sua, a culpa sim, foi da plateia que o ouviu e divulgou a "boa-nova".
É que se esse gajo das barbas realmente existe, de facto anda a falhar comigo há já largos anos. Porque na altura da minha meninice eu tinha uma chaminé e uma lareira apagada na noite de Consoada. Não fosse o senhor queimar-se e assim não ter como entrar na minha casa para me deixar prendas. Se soubesse o que sei hoje, e que o cabr#& NUNCA iria pôr o seu cú gordo na minha casa...juro, teria atiçado uma valente fogueira, com direito a gasolina e tudo (sim, porque quando eu criança, ainda se podiam fazer brincadeiras com combustíveis, sem se ficar a chorar o preço do litro gasto). E seria uma fogueira de tal modo, que as labaredas subiriam pela chaminé acima e quando o aldabão de barbas sobrevoasse a minha casa com o seu trenó, eu ficaria com a ceia de Natal instântaneamente feita: renas na grelha! E quanto ao Balofo, esse iria ficar esturricado e com as barbas queimadinhas, até ao último pelinho.
Assim, podia não me dar nenhuma prenda, mas também não dava a mais ninguém!
Mas hoje, no meu prefeito juízo, páro e penso: alguém que já tem uma certa idade e gosta muito de criancinhas e por isso dá-lhes prendas, só pode ser pedófilo! Alguém que entra na casa das pessoas a meio da noite, seja lá em que data fôr de que forma fôr (chaminés, janelas...), só pode ser ladrão! Por isso, isto do Pai Natal, foi uma forma engenhosa de um génio manipulador das palavras e dos saberes, inventou para dar um novo nome a um pedófilo ladrão. Então, ficou conhecido o Pai Natal.